domingo, agosto 07, 2005

Todos pensam que é fácil, e talvez realmente seja.

A gente nasce, se preocupa em chorar e mamar. Calor também é importante. Mas logo isso muda.
Então a gente se preocupoa em brincar, correr, talvez os primeiros dramas sejam orais (talvez por isso eu seja unicófaga até hoje), e vem a dentição crescendo e depois caindo. As roupinhas são lindas; aquelas que mamãe fez, ou aquelas que mamãe escolheu porque ficam tão lindas na gente que todo mundo nos elogia. OBA! Um motivo para fazer poses e bater fotos! Talvez a minha infancia seja a fase de maior número de fotos que eu tenho, e certamente a fase em que eu achava ótimo aparecer em fotos, pois tinha dúzias e dúzias de pessoas que diziam que o ranho que saia do meu nariz nos meus dias de gripe era o ranho mais lindo que o mundo ja viu. (Teria sido assim com todo mundo???)

Então entra-se numa fase mesquinha, onde a gente tenta excluir o máximo de pessoas de um pseudo circulo social que temos e, simultaneamente, tem alguém fazendo isso conosco. Sim, nós temos de nos adaptar a alguma coisa. Ou a tentar ser aceitos, e tentar ser como aqueles que ambicionamos, ou a explodir o mundo e que venham a mim apenas os melhores.
Creio que a minha decisão a esse respeito tomei um dia desses...

Mas vem então a (oh!) tão falada (oh!) adolescencia. E tudo que ja desregrava-se, piora. Porque mulher, depois que menstrua, acha que é adulta, e se acredita responsável e dona de si. Mas espera aí!!! Que noções disso se teve até agora??? Exatamente!
Nenhuma!
Então aí começa aquela coisa absurda que chamam de crise de adolescencia. Talvez eu esteja passando pela minha agora, mas creio que não. A minha finalmente foi passada e superada!
O sonho de uma menina aos seus 16 anos é ter 18 anos, ter carro, sair de casa sem rumo, comprar seu sapatos, suas roupas caras, trabalhar, ir morar sozinha, renegar pai e mãe por um amor insano, sexo, ou apenas festa. Ter um bar... até hoje quero ter um bar! Quer coisa mais legal que poder trabalhar e se divertir, talvez fazendo fortunas como num bar da moda, bem caro??? (isso porque aos 19 ja estaria formada, creio eu, e com um salário milionário; creio que eu via a vida assim, apesar de nunca ter sabido claramente o que queria fazer dela_ e agora sabendo ainda menos)

Mas eu posso seguir nisso o resto de noite que me resta. Pode-se assumir essa vida de incertezas, mas a incerteza torna incoerente se tomar uma decisão que te altere por toda a tua vida. Roupas, carro e sexo é muito divertido, muito bom, mas o background disso tudo está na experiencia, e no porte. No saber portar-se. No saber tomar atitudes!

Atitude
Atitude
Atitude

Putz, é uma palavra tão bacana, e tão vazia para a maioria das pessoas. Eu não vou me excluir, afinal, a comodidade mata a atitude. Os grandes aprendizados não se têm quando se queria mamar no quentinho, ou quando caiam-se os dentes. Nem quando se está influenciável, e muito menos quando se está SEMPRE certo. Na verdade, creio que as grandes verdades surgem quando estamos totalmente perdidos, ou com a plena certeza de estarmos errados ou com o peso dos erros sobrecarregando demais o corpo; e esse sobrepeso, nenhuma balança aponta, e apenas aqueles de fé que nos mostram. Claro, eu sou perita em cair de joelhos e não me dar conta, mas sempre têm aqueles que param e olham; aqueles que param e riem da tua cara e aqueles que estendem as mãos.

Talvez isso seja responsabilidade, afinal. Saber que a gente sempre está certo e errado, mas que sempre podemos ajudar alguém que cai.



Nossa... como existem poucas pessoas responsáveis hoje em dia...